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Foto do escritorJorge Quiros

A arte de desenhar as formas - 23.9.23

Atualizado: 10 de abr.





A ARTE DE DESENHAR AS FORMAS - 23.9.23







Os elementos constituintes da forma, como as mesmas, são compostos por luzes e sombras as quais não se submetem necessariamente a um cânone sempre rígido, mas que se revelam - por um padrão comum e similar - de acordo com a ocasião em que são percebidas pelo olho ( o ângulo, a incidência de luz sobre a mesma, etc.) isto indica que as formas devem ser desenhadas não através do decoro de um cânone exato, mas através de uma prática de observação a qual sutiliza o olhar sobre a forma, passando a captá-la melhor - em sua profundidade perceptiva - e cuja permite, assim, a realização do desenho da mesma.


Isto se dá com os elementos da face, os olhos, nariz, boca, orelhas; os alunos de desenho geralmente são treinados a desenhar padrões geométricos aos quais se alocaria as formas dos elementos faciais; ocorre que neste caso, parte significativa da observação e percepção da forma é aviltada e anulada pelo cálculo geométrico do "espaço" em que se deveria "com segurança" desenhar os elementos da face. Não obstante, o aluno acaba por notar, muitas vezes, que ao mudar o ângulo e o ponto de vista em que o elemento da face ( o olho, nariz, ou a boca) se apresentam ao mesmo ele por sua vez sente a dificuldade em "alocar" o dito elemento facial dentro do espaço que estará a desenhar; pois sua percepção da forma está ainda embrutecida o que o torna dependente de "muletas" e "moldes" pré-fabricados para desenhar, logo, quando mudam-se as regras do desenho ( os ângulos, tipos de sombras, ambientes, etc.) torna-se uma nova dificuldade adaptar-se a um novo cânone para desenhar a nova perspectiva.

Pelo contrário, quando o aluno aprende a desenhar as formas tal como são - e o são sempre e simplesmente formas! - em seus padrões de luzes e sombras, ele aprende não a desenhar a geometria do elemento, mas ele mesmo tal como se apresenta diante de si, pois estará treinado a captar das formas em suas sutilezas e em sua revelação.

A imagem que ilustra este texto é o ícone de "10 Lições para o desenhos de retratos"* , seu passo a passo para realizá-la está no mesmo, nela eu indiquei os "tradicionais" cânones porém de forma simplificada, aonde eu "planifico" as construções dos blocos, um tema que posso estar abordando futuramente; quando realizei este livro-ebook eu pensei em fornecer determinadas muletas ao aspirante à desenhista, contudo, indico a abandonar os cânones o mais depressa possível, apresentando-os apenas de modo didático para efeito de auxílio, uma vez eu não estando - pela impossibilidade do meio - ao lado do aluno para lhe ir aconselhando as formas reveladas e suas captações. Ocorre que esta mesma imagem aqui ilustrada e citada poderia ser desenhada ( e a fiz muitas vezes!) sem a ajuda dos ditos cânones, quando o desenhista está mais hábil e desenhando com maior liberdade, e por isso a uso como objeto de ilustração do texto: não foi o cânone que a realizou, foi a visão das formas, apesar do mesmo ter sido feito através dos cânones ( por questão de didática). Ao desenhar, por exemplo, um olho, não devemos meramente pensar em como criar um molde para desenhá-lo com segurança, mas captar as formas que se nos apresentam, suas luzes, sombras, brilhos, cuja reunião nos fará revelar, pelo desenho, a forma do olho. O artista, pois não deve ser um decorador de padrões geométricos e canônicos, mas sim um mestre visionário das formas.









*Dez Lições para o desenho de retratos pode ser conferido em: https://go.hotmart.com/N72206281V












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