top of page
Foto do escritorJorge Quiros

Arte e realidade; 8.9.23:

Atualizado: 5 de abr.







ARTE E REALIDADE; 8.9.23








Comparar arte e realidade, de modo a confrontá-las e fazer uma triunfar sobre a outra, como o fez Platão, é uma tolice: a arte, sendo um objeto sensível, promovendo seus efeitos sensíveis, só poderia de ser real.


Substituamos o objeto de arte, por exemplo, uma pintura, por um espelho; a faculdade do espelho em refletir o real ( a natureza) promovendo um reflexo e por conseguinte "uma ilusão" não faz do espelho em si uma ilusão, ele é um objeto real dotado de capacidade ilusória, sendo esta uma ampliação do real por uma faculdade de ampliação das possibilidades de apreender o real, isto seja, apreendendo o real por um reflexo é um modo "a mais" de apreensão da natureza, logo, uma ampliação dos meios de vê-la. Idem com uma pintura, se a pintura, ou escultura, ou qualquer outro objeto de arte que vise mimetizar um objeto presente na natureza, por exemplo uma árvore, esta capacidade mimética do objeto de arte - a obra - não torna o objeto em si mesmo ilusório, mas com capacidade evocativa do real, assimilativa e apreensiva.


Mas esta capacidade mimética, não constituindo no objeto magno da obra _ seu objetivo último - pois a mesma aprofunda os tecidos do real evocando para além da mera imagem natural, suas emoções, seu temperamento, etc., faz do objeto de arte um objeto único, isto seja, existente enquanto si mesmo e por tanto, real, presente na natureza de modo a prover sua ampliação e seu aprofundamento por sua inspiração.

A arte amplia e expande a realidade, seja em sua percepção, seja enquanto objeto do real, presente no real.

Ela aprofunda os níveis de percepção do real, logo, ela "amplia", "aprofunda" o real.



10 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page